O GeoSolution® são blocos estruturais maciços empregados em Geotecnia com função de substituição de aterro convencional. Fabricados a partir do polímero poliestireno expandido (EPS) de maior densidade, sob condições industrializadas com controles de qualidade, gerando um material de elevadas propriedades geotécnicas e reduzido peso específico, conhecidos popularmente como geofoam.
O GeoSolution® é classificado como um geoexpandido pela norma brasileira ABNT NBR 12553, e como um geofoam pela norma americana ASTM D6817. Esta última normatiza o GeoSolution® estabelecendo os seus requisitos minimos para uso em Geotecnia.
A ASTM D6817 define uma faixa de massa específica (terminologia usualmente chamada de densidade no meio industrial do EPS) de 12 a 46 kg/m³ para esse material, bem como os requisitos técnicos mínimos para cada uma dessas densidades, conforme a tabela ao lado.
Para atestar a eficiência do GeoSolution® (geofoam) em substituição a solos moles, o Grupo Isorecort submeteu o material a ensaios em condições similares à de uma obra de construção de rodovia.
O aterro experimental concebido em escala real possuía 6 metros de largura por 30 metros de comprimento, simulando uma pista. Durante o ensaio técnico, transitou uma carreta (padrão) com carga, totalizando 53 toneladas. Nessa aplicação, os blocos de EPS de alta densidade foram envelopados com uma manta dupla de polietileno de 200 micras de espessura.
O projeto inicial foi elaborado pela equipe de engenharia do Grupo Isorecort, e revisado/acompanhado pelo engenheiro geotécnico Prof. Dr. José Orlando Avesani Neto, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Para assegurar a imparcialidade e coletar dados com extrema precisão, durante o ensaio técnico, dois conceituados laboratórios na realização de ensaios geotécnicos (Falcão Bauer e LPC Latina) acompanharam e monitoraram o comportamento do GeoSolution® (geofoam), atestando e comprovando o alto desempenho do material.
Por ser considerado um ensaio técnico inédito, o projeto ganhou notoriedade na comunidade científica nacional e internacional. No Brasil, o aterro experimental foi tema de dois artigos científicos publicados no Congresso Brasileiro de Mecânica dos Solos e Engenharia Geotécnica. Já no exterior, a aplicação dos blocos de EPS na engenharia geotécnica somada à elaboração de ensaio de viga Benkelman e ensaio de prova de carga instrumentalizado ganhou destaque na Transportation Geotechnics (que é a sessão especializada em referenciar usos geotécnicos inovadores na área de transportes), da renomada empresa científica Elsevier, considerada uma das maiores editoras científicas do mundo.>
Tipo | EPS 12 | EPS 15 | EPS 19 | EPS 22 | EPS 29 | EPS 39 | EPS 46 |
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Densidade nominal (kg/m³) | 11,2 | 14,4 | 18,4 | 21,6 | 28,8 | 38,4 | 45,7 |
Resistência à compressão a 1% de deformação (kPa) | 15 | 25 | 40 | 50 | 75 | 103 | 128 |
Resistência à compressão a 5% de deformação (kPa) | 35 | 55 | 90 | 115 | 170 | 241 | 300 |
Resistência à compressão a 10% de deformação (kPa) | 40 | 70 | 110 | 135 | 200 | 276 | 345 |
Resistência à flexão (kPa) | 69 | 172 | 207 | 240 | 345 | 414 | 517 |
Limite máximo de índice de Oxigênio (% I.O.) | 24 | 24 | 24 | 24 | 24 | 24 | 24 |
Limite máximo de absorção de água (% de volume d´água) | 4 | 4 | 3 | 3 | 2 | 2 | 2 |
O EPS é um plástico celular rígido, resultante da polimerização do estireno em água. Em seu processo produtivo não se utiliza o gás CFC, sem comprometer o meio ambiente.
O produto final é composto de pérolas de até 3 milímetros de diâmetro, que se destinam à expansão. No processo de transformação, essas pérolas são submetidas à expansão em até 50 vezes o seu tamanho original, através de vapor fundindo-se e moldando-se em formas diversas.
Expandidas, as pérolas consistem em até 98% de ar e apenas 2% de poliestireno. Em
1mª de EPS expandido, por exemplo, existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar.